sábado, 20 de abril de 2024

Campeonato do Mundo de Seleções de Marcha, este domingo em Antália

Imagens: World Athletics. Montagem: O Marchador

Antália, cidade do sul da Turquia e situada na região do Mediterrâneo, vai ser palco de mais uma edição do Campeonato do Mundo de Seleções de Marcha, evento que contrariamente aos anos anteriores se disputa em apenas um dia e já no próximo domingo (21/4).

O evento mantém as tradicionais provas de 20 km, 10 km sub-20 e, excluídos que foram os 50 km, e depois os 35 km, integra agora em estreia em competições da World Athletics a Estafeta Mista de Marcha na distância da Maratona, prova esta que apurará 22 equipas diretamente para os Jogos Olímpicos de Paris.

Encontram-se inscritos 432 atletas de 52 países, 230 masculinos e 202 femininos, e distribuídos por provas da seguinte forma: 20 km, 109 masc. e 90 fem.; 10 km sub-20, 56 masc. e 50 fem., estafeta mista, 65 masc. e 62 fem. Durante o dia de hoje, sábado, serão feitas as confirmações finais e publicadas as listas de partidas, onde em definitivo se saberá as opções de atletas que se inscreveram nas provas de 20 km e da estafeta mista.

O programa horário é o seguinte (horas locais):

7h00 - 10 km sub-20 masculinos
8h00 - 10 km sub-20 femininos
9h10 - 20 km femininos
11h05 - 20 km masculinos
12h55 - Estafeta Mista na distância da Maratona
(menos 2 horas em Portugal continental)

As listas de inscritos em cada uma das provas, datadas a 16 de abril e ordenadas pelas melhores marcas da época, podem ser consultadas aqui.

Os juízes internacionais de marcha nomeados são: José Dias, Juiz Chefe (Portugal), Anne Fröberg (Finlândia), Wang Tak Fung (Hong Kong), Shaun Gallagher (Irlanda), Moonkess Jola (Maurícia), Rolf Müller (Alemanha), Ian Richards (Grã-Bretanha), Sergio Solana Sos (Espanha) e Hans van der Knaap (Países Baixos).

Um excelente livro estatístico da World Athletics sobre o evento, editado por Mark Butler e produzido em colaboração com a ATFS, pode ser consultado aqui. Nele se destaca que o atleta masculino com o maior número de presenças é o espanhol Jesús Ángel Garcia Bragado, com 13, de 1993 a 2018, e que em posições cimeiras se encontram os portugueses Augusto Cardoso e João Vieira, ambos com 11 presenças. Nos femininos, a liderança no número de presenças pertence à portuguesa Susana Feitor, e a Kristina Saltanovic, da Lituânia, ambas com 11. Contudo o referido documento não contabiliza, por lapso, a participação da atleta lituana na edição do evento em 2018, que assim soma 12 presenças! De notar que outra portuguesa, Inês Henriques, tem 10 participações no evento.

O «Livestream» do evento deverá estar disponível na página da World Athletics, aqui.

Fonte: World Athletics

Juan Manuel Cano, o protagonista dos Campeonatos de Marcha da Argentina - Mar del Plata (2024)

A partida principal do evento em Mar del Plata, Juan Manuel Cano (dorsal 5), Graciela
Ester Vélez (4) e a equipa de juízes de marcha. Fotos: fb Rubén Aguilera, Run Fun e CADA.
Montagem: O Marchador

Pelo segundo ano consecutivo, Mar del Plata acolheu os Campeonatos Nacionais de Marcha Atlética da Argentina, em estrada, evento marcado por tempo frio e ventoso e que teve lugar no sábado passado (13 de abril) e que contou com a participação de três atletas chilenos vindos da região de Araucanía.

Nos 20 km masculinos, o histórico Juan Manuel Cano colecionou mais um título nacional (o segundo consecutivo), realizando a marca de 1:26:15 – só nesta distância já vai no seu 8º título, ele que começou a evidenciar-se em 2007 quando conquistou o seu primeiro triunfo em campeonatos nacionais e participou, nesse mesmo ano, nos Campeonatos Sul-americanos de Atletismo, que tiveram lugar em São Paulo.

Historicamente, Cano é o marchador que regularmente representa o seu país em grandes eventos internacionais, tendo já marcado presença em 4 Jogos Olímpicos, mostrando-se otimista quanto a uma nova presença – os Jogos de Paris, esperando obter os pontos que ainda lhe faltam para superar os 12 concorrentes que estão colocados à sua frente, objetivo esse – o próximo, apontado para o Brasil, nos Ibero-americanos.

Ainda na prova masculina, mas na categoria Sub-23, o chileno Luis Navarrete venceu com o tempo de 1:33:45. Nos 10 km Sub-20, outro atleta chileno evidenciou-se: David Figueroa, com 48:10, enquanto nos Sub-18 foi o argentino Damián que se impôs com o tempo de 49:01.

Na prova feminina, venceu Graciela Ester Vélez com1:59:29. O título Sub-23 foi para Julieta Molina com 2:11.05. Nos Sub-20 (10 km) vitória da chilena Sofía Navarrete com 56:16 e nos Sub-18 (5 km) o título foi conquistado por Magalí Allassia com 25:41.

Na competição, atuaram vários juízes internacionais argentinos, sendo de referir, de forma especial, a presença de Guillermo Vallejos, do Painel Gold da World Athletics e que foi justamente homenageado com a mais alta distinção desportiva da Argentina, o prémio Barão Pierre de Coubertin, que o recebeu das mãos do próprio Presidente do Comité Olímpico, Mario Moccia, apadrinhado pelo Presidente da Confederação Argentina de Atletismo, Daniel Sotto.

Por outro lado, não queremos, aqui, deixar de salientar outro dos grandes nomes do ajuizamento internacional na especialidade da marcha atlética, o mais antigo especialista em atividade - Rubén Aguilera, um marplatense de alma e coração, jornalista de profissão, formador de juízes especialistas de marcha e autor de várias publicações de inegável interesse para os amantes do atletismo no que a história regista como momentos mais marcantes da marcha atlética em particular e do atletismo em geral.

Consulte os resultados completos do evento, aqui.

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Jogos Bolivarianos da Juventude Sub-20 em Sucre, Bolívia (resultados)

Em Sucre, os vencedores das provas de marcha, Ivan Oña Colcha e Ruby Segura Garcia,
e os pódios. Fotos: Fb Comité Olímpico Ecuatoriano e Comité Olímpico Colombiano.
Montagem: O Marchador

Os primeiros Jogos Bolivarianos da Juventude Sub-20 tiveram lugar na cidade de Sucre, na Bolívia (2800 metros de altitude) e ao longo de 11 dias (4 a 14 de abril), num programa que contemplou 27 modalidades desportivas, naturalmente com o atletismo incluído e cujas provas tiveram lugar no Estádio Olímpico Patria de Sucre, com o triunfo incontestável da Colômbia, seguido da Venezuela e do Chile.

A 11/04, nos 10.000 metros marcha masculinos (pista) destacou-se o jovem equatoriano Ivan Dario Oña Colcha com um recorde pessoal de 45:08.18. Nos restantes lugares do pódio classificaram-se dois atletas da Colômbia, Jesus Ramirez Hernandez, na segunda posição com 45:54.02, e Juan Pablo Rojas Arguello, na terceira posição com 46:35.50.

A 12/04, nos 10.000 metros marcha femininos (pista) a colombiana Ruby Segura venceu com o tempo de 52:10.75. O pódio ficou completo com as prestações da equatoriana Katherine Barreto que finalizou as vinte e cinco voltas à pista com o tempo de 54:04.07 (recorde pessoal na pista já que em estrada possui 52:05, feitos em fevereiro do corrente ano), e da peruana Yadira Orihuela com a marca de 55:06.27.

As provas de marcha tiveram a presença de alguns dos novos juízes internacionais da WA, enquadrados com experientes juízes da especialidade, e foram chefiadas pela boliviana Karina Alarcón Bascopé, numa equipa que integrava ainda o brasileiro Nilton Ferst, o boliviano Omar Peredo, a venezuelana Raomir Hernandez, a argentina Evangelina Zamarini e o colombiano Cesar Arenas.

Colaboração: Nilton Ferst

Classificações
10.000 m masculinos (11/4)
1.º, Ivan Oña Colcha, 2006 (ECU - Equador), 45:08.18
2.º, Jesus Ramirez Hernandez, 2005 (COL - Colômbia), 45:54.02
3.º, Juan Rojas Arguello, 2006 (COL - Colômbia), 46:35.50
Desclassificado: Alejandro Casilla Sanches, 2006 (BOL - Bolívia).

10.000 m femininos (12/4)
1.ª, Ruby Segura Garcia, 2006 (COL - Colômbia), 52:10.75
2.ª, Katherine Barreto Vicuña, 2007 (ECU - Equador), 54:04.07
3.ª, Yadira Orihuela Poma, 2005 (PER - Peru), 5:.06.27
4.ª, Milagritos Huaynalaya Aquino, 2005 (PER - Peru), 55:32.25
5.ª, Yhomayra Barron Daza, 2007 (BOL - Bolívia), 1:00:17.40
6.ª, Monica Canllahua Canaviri, 2006 (BOL - Bolívia), 1:01:54.91

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Vladimir Andreyev (1966-2024)

Vladimir Andreyev. Fotos: George Herringshaw e Min. Desporto Rep. Chuváchia.

Na madrugada do dia 16 de Abril, a Chuváchia, uma república autónoma da Rússia, perdeu o seu marchador olímpico Vladimir Vasilyevich Andreyev, contava 57 anos de idade.

Nascido em Yamanchurino, uma aldeia remota da Chuváchia, a 7 de Setembro 1966, começou a carreira desportiva bastante tarde, já depois de concluir o serviço militar. Integrou a equipa da universidade em 1988, logo a seguir, em 1989, venceu os campeonatos da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e a partir daí dedicou a sua vida à marcha atlética.

Participou em 3 Jogos Olímpicos, em Barcelona 1992, em Sydney 2000, onde ganhou a medalha de bronze nos 20 km, e em Atenas 2004, e também em Mundiais e Europeus de Atletismo, destacando-se outra medalha de bronze em Munique 2002.

Igualmente tomou parte em múltiplas Taças do Mundo de Marcha, obtendo medalhas de prata (Turim 2002) e de bronze (Mézidon 1999), e da Europa, nesta especialmente a realizada em Cheboksary (2003), onde ganhou mais uma medalha, a de bronze, motivando imensos jovens da sua terra natal para a prática da disciplina.

Foi agraciado com a Ordem de Mérito da República da Chuváchia em 2007.

À família e amigos, o blogue «O Marchador» expressa sentidas condolências.

Colaboração: Kristina Saltanovic

quarta-feira, 17 de abril de 2024

China no Mundial de Seleções de Marcha Atlética 2024

Imagens:  World Athletics e Vector Flags. Montagem: O Marchador

A seleção da China, uma das cinco maiores potências mundiais na marcha atlética, inscreveu 27 atletas para o Mundial de Seleções que terá lugar no próximo domingo, em Antália, na Turquia, com os olhos postos nos Jogos Olímpicos de Paris, ambicionando a posições cimeiras em cada um dos cinco eventos incluídos no programa competitivo.

Na estafeta mista a China participará com 3 equipas (o número máximo permitido) tendo inscrito 7 atletas com um deles a ter de ser relegado para a prova individual de 20 km. Tendo todas as possibilidades de apurar duas seleções para os Jogos, o conjunto chinês, que inclui medalhados mundiais e olímpicos, é formado por Xianghong HE, Yandong Li, Qin Wang e Jun Zhang (masculinos) e Hong Liu, Shijie Qieyang e Jiayu Yang (femininos).

Nos 20 km femininos estão inscritas Zhenxia Ma, Haiying Ji, Li Peng, Lamei Yin e Yuxia Shi, Zhuoma Qiji e Li Ma, e nos 20 km masculinos, Zhaozhao Wang, Lihong Cui, Ning Lu, Xiangfei Zhao, Yongjie Wen, Haifeng Qian e Li Xingfu, sabendo-se que só cinco atletas de cada sexo perfilarão na linha de partida.

Nos 10 km Sub-20 masculinos a seleção é fortíssima com os seus três representantes, Chenjie Li, Shengji Shi e Jiawei Luo, os únicos na lista de inscritos a apresentarem-se com marcas abaixo da casa dos 40 minutos. Nos 10 km Sub-20 femininos, também se repete o cenário, com Xizhen Yang, Jiecuo Duo e Meiling Chen a liderarem a lista de inscritas com marcas bem superiores à concorrência, abaixo da casa dos 44 minutos.

Note-se que vários atletas da seleção chinesa são apoiados tecnicamente pelos conceituados treinadores italianos, Sandro Damilano, galardoado pelo Governo chinês pelos resultados obtidos pelos atletas por si conduzidos nos Jogos Olímpicos de 2012 e 2016 e que continuaram a ter sequência ao mais elevado nível nos últimos grandes eventos internacionais, e Patrizio Percesepe, este mais recentemente e que foi o principal responsável pelo sucesso dos campeões olímpicos de Tóquio, Massimo Stano e Antonella Palmisano.

terça-feira, 16 de abril de 2024

Jemima Montag sagra-se campeã australiana de 10.000 m. Alexandra Griffin obtém título sub-20 (Adelaide 2024)

Nos campeonatos australianos em Adelaide, Jemima Montag a caminho da vitória. Ao lado
as atletas dos lugares de honra, Elizabeth McMillen (dorsal 6) e Allanah Pitcher (10), e a
campeã sub-20, Alexandra Griffin (14). Fotos: Athletics Australia, Fred Etter/Athletics NSW
e Karalee on Preston. Montagem: O Marchador

Ainda no primeiro dia dos Campeonatos da Austrália de Pista (absolutos e sub-20) que decorrem em Adelaide (11 a 19 de abril), e depois da prova masculina de 10.000 metros marcha realizada ao início da manhã, ao final da tarde disputou-se a correspondente feminina, na mesma distância, destinada a atletas seniores e também da categoria sub-20.

Jemima Montag, vice-campeã mundial nos 20 km de Budapeste-2023, limitou-se a vencer e a colecionar mais um título nacional absoluto, registando 43:54.80, ela que tem como recorde pessoal 42:34.30 (Birmingham-2022). Já as suas companheiras de pódio, Elizabeth McMillen e Allanah Pitcher, obtiveram marcas que constituem novos recordes pessoais, com 44:33.80 e 44:51.53 respetivamente. Participaram 11 atletas.

Quanto às concorrentes sub-20 (14 atletas), a competirem em conjunto, vitória bem expressiva de Alexandra Griffin, que junta ao título da categoria um recorde pessoal de 45:56.22. Nos lugares de honra classificaram-se Chelsea Roberts, com 48:08.18, e Nellie Langford, com 48:49.51, também recordes pessoais.

Fonte: Athletics Australia

Classificações (11/4)
10.000 m seniores femininos
1.ª, Jemima Montag, 1998 (VIC), 43:54.80
2.ª, Elizabeth McMillen, 2004 (NSW), 44:33.80
3.ª, Allanah Pitcher, 2003 (NSW), 44:51.53
4.ª, Hannah Mison, 2001 (NSW), 45:45.72
5.ª, Hannah Bolton, 2003 (NSW), 45:52.31
6.ª, Alanna Peart, 2003 (VIC), 46:56.97
7.ª, Tayla Billington, 1997 (QLD), 47:50.38
8.ª, Samantha Findlay, 1997 (SA), 48:27.75
9.ª, Bridget Bell, 2002 (NSW), 51:49.36
10.ª, Char Hay, 2003 (VIC), 52:26.58
11.ª, Brenda Gannon, 1974 (QLD), 59:55.72

10.000 m sub-20 femininos
1.ª, Alexandra Griffin, 2005 (WA), 45:56.22
2.ª, Chelsea Roberts, 2006 (NSW), 48:08.18
3.ª, Nellie Langford, 2005 (SA), 48:49.51
4.ª, Maddison Nash, 2006 (VIC), 49:01.52
5.ª, Zoe Woods, 2007 (NSW), 49:37.80
6.ª, Sienna Pitcher, 2007 (NSW), 50:46.07
7.ª, Lyla Williams, 2007 (NSW), 53:31.93
8.ª, Ciara Cassilles, 2007 (NSW), 54:24.56
9.ª, Daisy Braithwaite, 2006 (SA), 55:28.36
10.ª, Mia Bergh, 2005 (QLD), 55:34.78
11.ª, Hana Jugovic, 2006 (ACT), 56:03.06
12.ª, Laelia Byatt, 2006 (NSW), 58:41.04
13.ª, Phoebe Chadwick, 2006 (QLD), 1:02:00.23
Desclassificada: Emily Smith, 2006 (VIC).

Declan Tingay impõe-se nos campeonatos da Austrália em 10.000 m. Isaac Beacroft bate recorde nacional sub-20 (Adelaide 2024)

O trio da liderança dos 10.000 m em Adelaide, Rhydian Cowley (dorsal 19), Declan
Tingay (21) e Kyle Swan, e Isaac Beacroft (10), campeão sub-20. Fotos: @ss__athletics
e Fred Etter/Athletics NSW. Montagem: O Marchador

Regressado após recuperar de lesão e já a demonstrar um muito bom estado de forma, o recordista nacional australiano Declan Tingay dos 10.000 metros marcha masculinos (38:03.78 em Camberra-2023) conquistou o título nacional na distância quando da abertura dos Campeonatos Nacionais de Pista (absolutos e sub-20) que decorrem em Adelaide (11 a 19 de abril).

Tingay percorreu as 25 voltas à pista em 38:07.88, um novo recorde dos campeonatos e o seu melhor registo da época, superando por 6 segundos o seu mais direto competidor, Rhydian Cowley, que continua a surpreender com um novo recorde pessoal de 38:13.51. O pódio da prova de seniores (12 participantes) ficou completo com Kyle Swan, que obteve 39:10.71.

Na participação dos atletas sub-20, em conjunto com os seniores, o grande destaque vai para Isaac Beacroft, que se apossou do recorde nacional ao registar 40:44.47, um recorde que antes estava na posse precisamente de Tingay (40:49.72 em Tampere-2018). Nas segunda e terceira posições entraram Marcus Wakim, com 41:32.21, e Will Bottle, com 41:48.23, recorde pessoal. Refira-se que para o mundial da categoria a realizar em agosto próximo em Lima, Peru, são 7 os atletas australianos com mínimos (43:50.00) sabendo-se que a participação é restringida a 2 atletas por país.

Fonte: Athletics Australia

Classificações (11/4)
10.000 m seniores masculinos
1.º, Declan Tingay, 1999 (WA), 38:07.88
2.º, Rhydian Cowley, 1991 (VIC), 38:13.51
3.º, Kyle Swan, 1999 (VIC), 39:10.71
4.º, Timothy Fraser, 2000 (ACT), 39:18.98
5.º, Will Thompson, 2002 (VIC), 40:00.90
6.º, Corey Dickson, 2002 (VIC), 41:28.09
7.º, Dylan Richardson, 2000 (NSW), 42:47.90
8.º, Jack McGinniskin, 2002 (NSW), 43:47.21
9.º, Gwyllym Young, 2002 (ACT), 44:16.22
10.º, Fraser Saunder, 2004 (VIC), 44:20.21
11.º, Kim Mottrom, 1984 (SA), 46:42.32
Desclassificado: Tristan Camilleri, 2001 (SA).

10.000 m sub-20 masculinos
1.º, Isaac Beacroft, 2007 (NSW), 40:44.47
2.º, Marcus Wakim, 2006 (VIC), 41:32.21
3.º, Will Bottle, 2005 (SA), 41:48.23
4.º, Riley Coughlan, 2007 (VIC), 42:14.59
5.º, Owen Toyne, 2007 (ACT), 43:20.85
6.º, Bailey Housden, 2007 (QLD), 43:35.74
7.º, Kodi Clarkson, 2008 (ACT), 44:19.01
8.º, Scott Peart, 2006 (VIC), 47:39.96
9.º, Alex Bradley, 2006 (QLD), 49:56.07
Desistentes: Joel Byatt, 2007 (NSW) e Sam McCure, 2006 (QLD).
Desclassificado: Eden Morgan, 2005 (VIC).

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Itália no Mundial de Seleções de Marcha Atlética 2024

Imagens:  World Athletics e Colombo/FIDAL. Montagem: O Marchador

A Federação Italiana de Atletismo (FIDAL) divulgou a lista dos atletas que representarão o país no Mundial de Seleções que vai ter lugar a 21 de abril do corrente ano, na cidade de Antália, constituída por 20 atletas, exatamente 10 mulheres e 10 homens.

Do conjunto transalpino ressaltam à evidência dois grandes nomes da especialidade no plano mundial: Antonella Palmisano e Massimo Stano, campeões olímpicos na prova dos 20 km marcha dos Jogos de Tóquio, que juntarão os seus esforços para assegurar um lugar de destaque na estafeta mista e apurarem-se, espera-se que com facilidade, para os Jogos Olímpicos de Paris.

Além da talentosa dupla atrás referida, a Itália apresentará ainda outra valiosa equipa para o novo evento que figurará no programa olímpico, com Francesco Fortunato, vencedor do último Europeu de Seleções, em Podebrady, e Valentina Trapletti, apostando em que o seu país seja uma das cinco segundas seleções a apurar-se para Paris.

Os representantes italianos nas outras provas, que incluem vários medalhados em eventos europeus e mundiais:

20km femininos: Nicole Colombi, Federica Curiazzi, Eleonora Dominici, Eleonora Giorgi, Alexandrina Mihai.

10 km Sub-20 femininos: Michelle Canto, Serena Di Fabio, Giulia Gabriele.

20km masculinos: Andrea Agrusti, Michele Antonelli, Emiliano Brigante, Riccardo Orsoni, Gianluca Picchiottino.

10 km Sub-20 masculinos: Alessio Coppola, Andrea Di Carlo, Giuseppe Disabato.

domingo, 14 de abril de 2024

1993, entre castigo, excelência e reconhecimento

Eventos internacionais com marchadores portugueses, em Monterrey, a Taça do Mundo
 de Marcha, em San Sebastián, os Europeus de Juniores, e em Estugarda, os Mundiais de
Atletismo. Ainda atletas em provas nacionais, incluindo iniciados no DN Jovem,
o técnico espanhol José Marín e o juiz internacional português José Dias.
Fotos: arquivo «O Marchador», Revista Atletismo e Carlos Lineu Miranda.

Terminada a época de 1992, o respectivo balanço tinha incluído a conclusão de que a participação nos Jogos Olímpicos de Barcelona tinha sido decepcionante para o atletismo. Perante expectativas de que a proximidade do local dos Jogos tivesse associada a obtenção de bons resultados (na continuação dos sucessos registados em Los Angeles-84 e Seul-88), a fraqueza dos resultados obtidos na capital catalã levou a Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) a rever as condições de participação nas grandes competições internacionais. Procedeu, por isso, à revisão dos mínimos de participação, tornando-os mais exigentes, e reconfigurou também os critérios de selecção para as competições sem mínimos oficiais.

A marcha atlética não deixou de ser afectada por esse procedimento com que a FPA entendeu resolver o problema dos maus resultados dos Jogos Olímpicos de Barcelona. Só que nem sempre se percebeu a tempo as consequências dessas decisões federativas. Logo de início, estranhou-se que todas as grandes competições internacionais estivessem incluídas no calendário da FPA para 1993 excepto a Taça do Mundo de Marcha, que iria ter lugar em Monterrey, no México, a 24 e 25 de Abril desse ano. Em consequência dessa exclusão ocorrida na reunião de calendário da FPA, também não havia director da federação que tivesse assumido a preparação da equipa portuguesa para essa competição, que constituía (e ainda constitui, agora com outra designação) o mais importante encontro bienal para o mundo da marcha atlética.

Certamente por não se imaginar as verdadeiras razões para que não houvesse Taça do Mundo de Marcha no calendário da federação nem dirigente investido da função de chefe de delegação, foi-se considerando que a situação resultaria de «mero» esquecimento. Só que as estranhezas foram-se adensando. Em Dezembro de 1992, quando o treinador nacional de marcha, Luís Dias, abordou a direcção técnica nacional para o agendamento de estágios com vista à preparação da Taça do Mundo de Monterrey foi confrontado com a resposta de que esses estágios não se justificavam, acabando por chegar-se a uma solução de realização de um estágio não de preparação para a Taça do Mundo mas para «a eventualidade de participação na Taça do Mundo de Marcha». Começava a perceber-se que, afinal, poderia não ter sido por esquecimento que a grande competição internacional de marcha não estava no calendário da FPA nem havia director apontado para chefiar a respetiva delegação.

Quando, nas semanas seguintes, alguns membros da direcção da federação começaram a descair-se com informações de que a Taça do Mundo de Marcha não tinha sido incluída no calendário porque se entendia que não deveria haver participação portuguesa, percebeu-se então que a FPA tinha mesmo excluído a possibilidade de presença nessa competição sem disso dar conhecimento aos directamente envolvidos (atletas, treinadores, dirigentes). Nesse procedimento, a FPA revelou grande desconsideração por todos quanto estavam empenhados na preparação para a Taça do Mundo de 1993, com todos os sacrifícios implicados, seja nos planos pessoal ou familiar, seja nos planos profissionais ou escolares.

Os Campeonatos Nacionais de Marcha em estrada realizados no Montijo a 12 de Fevereiro foram os primeiros a registar a presença do presidente da FPA (Fernando Mota), do seleccionador nacional de atletismo (Moniz Pereira) e do director técnico nacional (Jorge Vieira). Poderia pensar-se que se tratava de valorizar os campeonatos e a própria marcha atlética ao mais alto nível. Mas, na verdade, o que aconteceu foi que, poucos dias depois, foi divulgada a decisão formal de que Portugal não iria participar na Taça do Mundo de Marcha. Uma decisão depois revista para assegurar que afinal estaria presente (pela primeira vez em taças do mundo de marcha) uma delegação feminina. Não sendo possível negar a Susana Feitor a presença na mais importante competição mundial de marcha, houve a decisão de que, afinal, Portugal iria a Monterrey com uma equipa de quatro atletas, decisão depois revista, para permitir a presença de cinco atletas, o máximo permitido naquelas competições. Quanto aos masculinos, não seriam considerados.

Tendo em conta a decisão definitiva de não participação dos masculinos, mas sobretudo por não ter sido comunicada aos envolvidos logo que tinha sido tomada (no início da época de 1992/93), os atletas atingidos pela decisão (os que faziam parte do grupo de trabalho da selecção nacional) entenderam manifestar o protesto pela desconsideração através de um comunicado distribuído durante o Grande Prémio de Rio Maior em Marcha Atlética, em 3 de Abril. Ao mesmo tempo, apresentaram-se envergando os fatos da selecção em vez de usarem os fatos dos clubes, tendo uma parte desses atletas decidido abster-se de participar nas provas de Rio Maior.

A equipa feminina presente em Monterrey foi constituída por Susana Feitor, Isilda Gonçalves, Sofia Avoila, Lígia Gonçalves e Lídia Santos. A atleta de Rio Maior viria a ter grande protagonismo na prova dos 10 km femininos, isolando-se e comandando em solitário durante alguns quilómetros, porventura com algum excesso de entusiasmo. Acabaria alcançada mas não se afundaria na classificação. Pelo contrário, terminaria a prova num excelente oitavo lugar, com 46.28 m, tendo a competição sido ganha pela chinesa Yan Wang, com 45.10 m. A classificação de Susana Feitor foi também um contributo decisivo para o 11.º lugar colectivo de Portugal, ante 24 selecções. Uma estreia auspiciosa da marcha feminina portuguesa em taças do mundo de marcha, depois de três participações exclusivamente masculinas, em 1987 (Nova Iorque), 1989 (Barcelona) e 1991 (San Jose).

As colegas de equipa foram 47.ª (Isilda Gonçalves, 50.54), 68.ª (Lídia Santos, 53.42), 75.ª (Sofia Avoila, 54.45) e 79.ª (Lígia Gonçalves, 56.20).

Ainda assim, os momentos mais altos de Susana Feitor neste ano de 1993 estavam para vir. A 8 de Maio, venceria os 5000 m marcha femininos do Grande Prémio Søfteland, em Bergen (Noruega), com novo recorde europeu de juniores da distância, com 21.01,8 m, marca que constituía também recorde nacional absoluto (e de juniores, naturalmente). Detentora de todos os recordes nacionais de escalões e absolutos nas distâncias em que tinha competido (nas variantes de pista, estrada e pista coberta), Susana assenhoreava-se agora do seu primeiro recorde internacional, neste caso à escala continental.

Depois, nos Campeonatos da Europa de Atletismo para Juniores, realizados em San Sebastian (Espanha), Susana conseguiria finalmente, a 29 de Julho, conquistar o título de campeã europeia do escalão, depois do sexto lugar em 1989 (Varazdin, Jugoslávia) e do segundo em 1991 (Salónica, Grécia). Venceu os 5000 m marcha femininos com 21.21,80 m, adiante das russas Natalya Trofimova (21.39,75) e Irina Stankina (21.49,65), numa competição em que a ainda juvenil Sofia Avoila terminaria na sexta posição, com 23.15,07 m. Magníficos prenúncios para os anos seguintes, em que as duas atletas continuariam a ser juniores (Susana por mais um ano, Sofia por mais dois). Nos mesmos europeus de juniores, nota ainda para Joaquim Pentieiro, o marchador do Porto (atleta do CIPA) que se classificou em décimo lugar nos 10 mil metros marcha masculinos, com 42.55,12 m, numa prova vencida pelo italiano Michele Didoni, com 40.05,62 m.

Susana Feitor teria mais um desempenho de grande valor ao ser 11.ª nos 10 km marcha femininos dos mundiais de atletismo de Estugarda (Alemanha), a 14 de Agosto, com 45.06 m, tendo o ceptro de campeã de mundo sido conquistado nessa competição pela finlandesa Sari Essayah, com 42.59 m. Era a segunda de muitas presenças de Susana Feitor em campeonatos do mundo de atletismo, entretanto tornados bienais, e melhorava a classificação e a marca registadas dois anos antes em Tóquio, quando fora 17.ª, com 45.37 m. Em Estugarda, uma semana depois, José Urbano terminaria em 28.º os 50 km masculinos, com 4.17.34 h, com vitória do espanhol Jesús García, com 3.41.41 h. A estes dois atletas se resumiu a participação da marcha portuguesa no momento mais alto do atletismo mundial do ano, depois da presença de cinco atletas nos Jogos Olímpicos do ano anterior. Era um dos efeitos do aumento do grau de exigência determinado pela FPA, que na globalidade destes mundiais não teve melhor consequência para a participação portuguesa do que a obtenção de uma medalha de prata e duas posições de finalista, todas no sector das corridas de fundo femininas.

Susana Feitor e José Urbano estiveram em evidência ao longo do ano também como quase exclusivos açambarcadores de novos recordes nacionais. Para além dos já mencionados, referência ainda para os dos 10 km femininos para Susana Feitor, primeiro em 9 de Janeiro, no III Grande Prémio de Grândola (44.55), depois, a 3 de Abril, no II Grande Prémio de Rio Maior (43.44). A 6 de Março, nos Campeonatos de Portugal de Pista Coberta, em Braga, foi a vez dos 3000 m femininos (12.29,98). Duas semanas depois, a 20 de Março, recorde dos 5000 m marcha femininos durante as Provas de Observação de Marcha em Pista, no Estádio da Luz, em Lisboa. O registo foi de 22.01,0 m e teve ainda associada a marca de 6817 metros como recorde nacional da meia hora. O resultado dos 5000 metros seria depois superado em Bergen por um minuto (menos oito décimas de segundo).

Por sua vez, José Urbano estabeleceu recordes nas distâncias longas em pista. Também em Bergen, a 8 de Maio, competindo nos 50 mil metros marcha, creditou-se com 3.57.29,5 h, marca correspondente ao segundo lugar na classificação e a que se juntou ainda o tempo de passagem aos 30 mil metros (2.23.11,0): duas marcas oficiais e dois recordes nacionais numa única prova para o marchador do Sport Lisboa e Benfica.

O único recorde nacional registado em 1993 por outro atleta que não Susana ou Urbano foi o dos 2000 metros iniciados masculinos (ou sub-14), curiosamente no mesmo fim-de-semana dos anteriores (8 e 9 de Maio). O autor da façanha foi Acácio Diogo, que, representando Setúbal na final nacional do Torneio DN Jovem, no Estádio Nacional, triunfou com 9.37,73 m. O muito jovem marchador nascido em Lisboa perfilava-se como uma esperança para um futuro de sucesso entre os marchadores portugueses. Para já, tornava-se no primeiro marchador masculino do distrito de Setúbal a triunfar individualmente no Torneio DN Jovem, que ao longo dos anos permitiu dar expressão a tantos talentos jovens da marcha atlética portuguesa.

País que queira ver desenvolver-se em qualquer modalidade desportiva tem de contar não apenas com atletas de excelência, orientados por técnicos competentes e enquadrados por dirigentes capazes, mas também com juízes e/ou árbitros aptos ao devido julgamento da componente regulamentar da acção dos atletas. No caso específico da marcha atlética, a formação de um quadro de juízes habilitados a assumir essa função em provas da disciplina assume condição imprescindível para o bom desenvolvimento qualitativo dessa prática desportiva. Em Portugal, o processo de evolução da marcha atlética revelou, logo desde a década de 1970 e das primeiras competições da disciplina no país, a consciência de necessidade de investimento na formação de juízes de marcha. Os planos de formação permitiram a constituição de quadros nacionais e regionais de juízes com essa competência, os melhores dos quais acabaram por intervir em provas com participação internacional realizadas em Portugal e no estrangeiro e por se prestigiar perante os pares europeus e mundiais.

O caso mais evidente é o de José Dias, um dos pioneiros da prática da marcha na fase de ressurgimento em Portugal (iniciada na segunda metade dos anos 70 do século passado) e que cedo se orientou para a função de juiz de marcha. Fruto da dedicação a essa área fundamental da modalidade, José Dias rapidamente foi reconhecido como referência nacional na função, assumindo também a condição de juiz formador no âmbito da FPA.

Em 1991, a Federação Portuguesa de Atletismo iniciou o processo de candidatura de José Dias ao painel internacional de juízes de marcha, com fundamento no estado de desenvolvimento da modalidade em Portugal, que justificaria a inclusão de um juiz português no painel da então chamada Federação Internacional de Atletismo Amador (IAAF, na sigla em inglês). O formulário de candidatura de José Dias ao painel de juízes de marcha da IAAF, datado de 28 de Junho de 1991, apresentava o candidato como ex-atleta e como juiz de marcha desde 1982 e primeira experiência internacional em 1988, no Encontro RDA-Itália-Suécia-França-Portugal-Espanha, realizado na Corunha e já então integrando um corpo de juízes com grande experiência internacional (Peter Marlow, Domingo Casillas, Jean Dahm, entre outros).

A integração do José Dias no painel de juízes de marcha da IAAF foi comunicada formalmente ao juiz português através de ofício do secretário-geral da IAAF, Istvan Gyulai, datado de 8 de Julho de 1993, em nome do presidente da federação internacional, Primo Nebiolo. Oito dias depois, já após a resposta de aceitação da nomeação, José Dias foi indicado para actuar naquela que viria a ser a primeira participação oficial como juiz de painel de marcha da IAAF: os Campeonatos do Mundo de Atletismo para Juniores, marcados para Lisboa, em 1994. A equipa de juízes de marcha seria composta por Nicola Maggio (Itália), Robert Cruise (Austrália), Zhao Yaping (RP China) e Darlene Hickman (EUA), além de José Dias.

A caminho desses mundiais em Lisboa, o juiz português iria acompanhar ainda os europeus de juniores de San Sebastian (1993, mencionados acima), sobretudo para se inteirar das questões relacionadas com a logística (alojamento e transportes), em vista os mundiais de Lisboa do ano seguinte, onde seria não apenas membro da equipa de juízes de marcha mas também o coordenador do departamento de logística do comité organizador. Cargos de responsabilidade, mas também de reconhecimento de competência, numa demonstração de que o desenvolvimento da marcha atlética em Portugal tinha reflexos para lá da disciplina em si própria.

Desse desenvolvimento fazia parte também a formação técnica de atletas e de treinadores, sobretudo no contexto marcado pela quantidade de desclassificações averbadas por atletas portugueses em competições internacionais no ano anterior (o ano olímpico de Barcelona-92). Foi assim que a 13 e 14 de Março, José Marín, técnico nacional de marcha de Espanha e treinador de vários dos melhores especialistas espanhóis (ele próprio figura histórica da modalidade, antigo campeão europeu), esteve em Portugal para uma acção técnica com treinadores e atletas, formação levada a efeito no Centro de Estágio e na Pista do Estádio Nacional. Tratou-se de uma iniciativa de grande importância para os 33 participantes envolvidos.

Em 1994 viria a ter lugar um estágio em Sant Cugat (Catalunha), enquadrado pelo mesmo José Marín e com a presença da atleta Susana Feitor e dos treinadores Jorge Miguel e Luís Dias, igualmente encarado como momento de investimento na formação técnica de atletas e treinadores.

Por fim, cabe assinalar a realização das primeiras edições dos grandes prémios de Setúbal (5 de Outubro) e Alfena (30 de Outubro). O primeiro viria a ter uma vitalidade de vários anos, com algumas edições de grande relevo, pela obtenção de importantes resultados (incluindo mínimos para competições internacionais). Nesta primeira edição, menção para as presenças dos internacionais José Urbano e Susana Feitor, vencedores masculino e feminino, respetivamente, numa jornada com 90 participantes, de 15 clubes. O segundo serviu para assinalar o aniversário de José Magalhães, nesse mesmo dia, em jeito de homenagem do seu clube de sempre, o Atlético Clube Alfenense. Pena foi que a iniciativa se tivesse ficado pela efeméride e não tivesse tido sequência nos anos seguintes. Ainda assim, o respeito e reconhecimento por José Magalhães atraiu àquela homenagem a presença de 111 atletas, vindos dos mais variados pontos do país. O que José Magalhães ainda não tinha dito era que havia ainda muitos quilómetros para palmilhar enquanto marchador, mesmo para lá dos 39 anos que comemorava naquele dia. Como veremos nas próximas semanas.

Relação das provas mais importantes efetuadas em 1993

Internacional / Associação Europeia de Atletismo / ...

24 e 25 de Abril, Taça do Mundo de Marcha, Monterrey, México. 24/4, 20 km masculinos: 1.º, Daniel García (México), 1.24.26; 2.º, Valentín Massana (Espanha), 1.24.32; 3.º, Alberto Cruz (México), 1.24.37 (107 participantes). Classificação colectiva: 1.º, México, 265 pontos; 2.º, Itália, 244; 3.º, Espanha, 240 (27 participantes). 10 km femininos: 1.ª, Yan Wang (China), 45.10; 2.ª, Sari Essayah (Finlândia), 45.18; 3.ª, Yelena Nikolayeva (Rússia), 45.22 (...) 8.ª, Susana Feitor (Portugal), 46.28 (...) 47.ª, Isilda Gonçalves (Portugal), 50.54 (...) 68.ª, Lídia Santos (Portugal), 53.42 (...) 75.º, Sofia Avoila (Portugal), 54.45 (...) 79.ª, Lígia Gonçalves (Portugal), 56.20 (98 participantes). Classificação colectiva: 1.º, Itália, 196 pontos; 2.º, China, 193; 3.º, Rússia, 193 (...) 11.º, Portugal, 113 (24 participantes). 25/4, 50 km masculinos: 1.º, Carlos Mercenario (México), 3.50.28; 2.º, Jesús García (Espanha), 3.52.44; 3.º, German Sánchez (México), 3.54.15 (99 participantes). Classificação colectiva: 1.º, México, 275 pontos; 2.º, Espanha, 251; 3.º, França, 245 (23 participantes). Classificação coletiva, masculinos, 20 km e 50 km: 1.º, México, 540 pontos; 2.º, Espanha, 491; 3.º, Itália, 487 (30 participantes).

24 de Julho, Encontro Internacional de Juvenis Espanha-Argélia-Portugal, Salamanca, Espanha. 500 m masculinos, 1.º, Sérgio Vieira (Portugal), 23.34,04; 2.º, David Márquez Laguna (Espanha), 24.33,23; 3.º, Francisco Fernández Pelaez (Espanha), 24.43,60 (...) João Vieira (Portugal), desclassificado (6 participantes). 5000 m femininos, 1.ª, Nabila Yacia (Argélia), 26.07,65; 2.ª, G. Higueras Sánchez (Espanha), 26.51,37; 3.ª, R. Celiza Sanchez (Espanha), 28.11,34 (...) Isilda Jorge (Portugal), desistente; Sandra Monteiro (Portugal), desclassificada (6 participantes).

29 de Julho a 1 de Agosto, Campeonato da Europa de Juniores, San Sebastián, Espanha. 29/7, 5000 m femininos: 1.ª, Susana Feitor (Portugal), 21.21,80; 2.ª, Natalya Trofimova (Rússia), 21.39,75; 3.ª, Irina Stankina (Rússia), 21.49,65 (...) 6.ª, Sofia Avoila (Portugal), 23.15,07 (17 participantes).

30/7, 10.000 m masculinos, 1.º, Michele Didoni (Itália), 40.05,62; 2.º, Dmitry Yesipchuk (Rússia), 40.26,08; 3.º, Valentin Heiko (Alemanha), 40.37,78 (...) 10.º, Joaquim Pentieiro (Portugal), 42.55,12 (23 participantes).

13 a 22 de Agosto, Campeonatos do Mundo de Atletismo, Estugarda, Alemanha. 14/8, 10 km femininos: 1.ª, Sari Essayah (Finlândia), 42.59; 2.ª, Ileana Salvador (Itália), 43.08; 3.ª, Encarnación Granados (Espanha), 43.21 (...) 11.ª, Susana Feitor (Portugal), 45.06 (52 participantes). 15/8, 20 km masculinos: 1.º, Valentín Massana (Espanha), 1.22.31; 2.º, Giovanni De Benedictis (Itália), 1.23.06; 3.º, Daniel Plaza (Espanha), 1.23.18 (42 participantes). 21/8, 50 km masculinos: 1.º, Jesús Ángel García (Espanha), 3.41.41; 2.º, Valentin Kononen (Finlândia), 3.42.02; 3.º, Valeriy Spitsyn (Rússia), 3.42.50 (...) 28.º, José Urbano (Portugal), 4.17.34 (45 participantes).

7 a 17 de Outubro, Campeonato do Mundo de Veteranos - Pista, Miyazaki, Japão. 16/10, 5000 m masculinos M60: 1.º, John Bray (E.U. América), 25.09,66 (...) 18.º, Carlos Rufino Claro (Portugal), 44.37.78 (33 participantes).

Campeonatos nacionais

14 de fevereiro, VIII Campeonatos de Portugal de Marcha em Estrada - 50 km (...), Montijo. 50 km seniores masculinis: 1.º, José Pinto (individual), 4.02.13; 2.º, José Urbano (SL Benfica), 4.07.52; 3.º, José Magalhães (AC Alfenense), 4.12.11 (13 participantes). 10 km seniores femininos: 1.ª, Isilda Gonçalves (CD Montijo), 46.27; 2.ª, Lígia Gonçalves (CD Montijo), 51.14; 3.ª, Lídia Santos (Boavista FC), 53.52 (14 participantes). Vencedores de outros escalões: 20 km juniores masculinos, Bruno Ferreira (CCD Paivas), 1.38.12; 10 km juniores femininos, Susana Feitor (CN Rio Maior), 45.05; 10 km juvenis masculinos, Sérgio Vieira (CN Rio Maior), 45.38; 5 km juvenis femininos, Sofia Avoila (CD Montijo), 23.31. Torneio Nacional Marchador Jovem: 2 km infantis masculinos, Acácio Diogo (CA Baixa da Banheira), 10.06; 1 km infantis femininos, Inês Henriques (CN Rio Maior), 5.00; 3 km iniciados masculinos, Sérgio Silva (GD Lourocoop), 14.05; 2 km iniciados femininos, Maria Salomé Rodrigues (GD Lourocoop), 9.43. Prémio Benjamim CM Montijo: masculinos, aprox. 0,75 km, Ricardo Paquete (CCD Olivais Sul), 3.38; femininos, 1 km, Filomena Braga (CA Galinheiras), 5.09.

6 e 7 de Março, 5.ª edição dos Campeonatos de Portugal de Pista Coberta, Braga. 5000 m masculinos: 1.º, José Urbano (SL Benfica), 19.24,12; 2.º, Augusto Cardoso (Boavista FC), 20.33,36; 3.º, José Magalhães (AC Alfenense), 20.43,29 (10 participantes). 3000 m femininos: 1.ª, Susana Feitor (CN Rio Maior), 12.29,98 (recorde nacional absoluto e de juniores); 2.ª, Isilda Gonçalves (CD Montijo), 13.17,95; 3.ª, Sofia Avoila (CD Montijo), 13.51,56 (13 participantes).

15 e 16 de Maio, Campeonatos Nacionais de Clubes - III Divisão, Estádio Nacional. 5000 m masculinos: 1.º, Carlos Leitão (SC Banheirense), 22.44,4; 2.º, Décio Ramos (AD Ovarense), 25.40,8; 3.º, Décio Araújo (NA Cucujães), 26.24,7. 3000 m femininos: 1.ª, Natália Santos (GD Lourocoop), 19.__,73; 2.ª, Cristina Luta (Odivelas FC), 19.06,12; 3.ª, Fernanda Lopes (CC Drizes), 20.05,67.

19 e 20 de Junho, Campeonatos Nacionais de Juvenis, Maia (org.: FPA). 19/6, 5000 m masculinos: 1.º, João Vieira (CN Rio Maior), 22.19,72; 2.º, Sérgio Vieira (CN Rio Maior), 22.40,32; 3.ª, Eduardo Garcia (CS Marítimo), 23.50,64 (11 participantes). 3000 m femininos: 1.ª, Sofia Avoila (CD Montijo), 13.58,38; 2.ª, Isilda Jorge (CN Rio Maior), 14.24,58; 3.ª, Sandra Monteiro (ADCR Bairro dos Anjos), 14.42,19 (16 participantes).

26 e 27 de Junho, Campeonatos Nacionais de Clubes - II Divisão; Estádio do Fontelo, Viseu. 5000 m masculinos: 1.º, José Garcia (CS Marítimo), 24.25,03; 2.º, Francisco Godinho (UFC Tomar), 24.44,93; 3.º, Carlos Eduardo (CAFV), 24.54,28 (5 participantes). 3000 m femininos, 1.ª, Isilda Jorge (CN Rio Maior), 14.48,68; 2.ª, Sandra Monteiro (ADCR Bairro dos Anjos), 15.00,05; 3.ª, Dora Cabrita (GD Vilamoura), 16.01,23 (5 participantes).

26 e 27 de Junho, Campeonatos Nacionais de Clubes - I Divisão, Estádio Nacional. 5000 m masculinos: 1.º, José Urbano (SL Benfica), 20.10,5; 2.º, Carlos Carmino (ADCR Bairro dos Anjos), 24.18,4; 3.º, Mário Contreiras (Sporting CP), 25.01,0 (8 participantes). 3000 m femininos: 1.ª, Lídia Santos (Boavista FC), 15.37,53; 2.ª, Rita Silva (Sporting CP), 16.13,18; 3.ª, Ana Bela Aires (SL Benfica), 16.45,61 (7 participantes).

3 e 4 de Julho, Campeonatos Nacionais Sub-23, Estádio de Alvalade (org.: FPA). 3/7, 10.000 m masculinos: 1.º, Joaquim Pentieiro (CIPA), 43.43,3; 2.º, Pedro Pinto (AA Coimbra), 46.29,1; 3.º, Bruno Ferreira (individual), 49.20,0 (8 participantes). 5000 m femininos, 1.ª, Susana Feitor (CN Rio Maior), 22.21,6; 2.ª, Sofia Avoila (CD Montijo), 24.50,8; 3.ª, Isilda Jorge (CN Rio Maior), 26.42,7 (4 participantes).

17 e 18 de Julho, Campeonatos Nacionais de Juniores, Estádio do Fontelo, Viseu (org.: FPA). 17/7, 10.000 m masculinos: 1.º, Joaquim Pentieiro (CIPA), 46.06,53; 2.º, João Vieira (CN Rio Maior), 47.21,00; 3.º, Bruno Ferreira (individual), 47.41,84 (6 participantes). 5000 m femininos: 1.ª, Susana Feitor (CN Rio Maior), 22.09,71; 2.ª, Sofia Avoila (CD Montijo), 23.17,95; 3.ª, Sandra Monteiro (ADCR Bairro dos Anjos), 25.07,92 (6 participantes).

24 e 25 de Julho, Campeonatos de Portugal, Estádio José Alvalade (org.: FPA). 25/7, 20 km masculinos, José Urbano (SL Benfica), 1.29.13; 2.º, José Pinto (Individual), 1.32.36; 3.º, Paulo Revêz (GD Vilamoura), 1.32.49 (7 participantes). 10 km femininos: 1.ª, Isilda Gonçalves (CD Montijo), 47.57; 2.ª, Lígia Gonçalves (CD Montijo), 50.12; 3.ª, Lídia Santos (Boavista FC), 52.27 (8 participantes).

Principais eventos (entre outros)

9 de Janeiro, III Grande Prémio de Marcha de Grândola (org.: Clube Rec. Grandolense), 74 participantes (vários escalões). 20 km masculinos: 1.º, José Urbano (SL Benfica), 1.22.40; 2.º, José Magalhães (AC Alfenense), 1.30.17; 3.º, Augusto Cardoso (Boavista FC), 1.32.45 (13 participantes). 10 km femininos: 1.ª, Susana Feitor (CN Rio Maior), 44.55 (recorde nacional absoluto e de juniores); 2.ª, Isilda Gonçalves (CD Montijo), 46.51; 3.ª, Sofia Avoila (CD Montijo), 48.59 (6 participantes).

20 de Março, Provas de Observação de Marcha em Pista, Estádio da Luz (org.: FPA). 20.000 m masculinos/1 hora, 1.º, José Urbano (SL Benfica), 1.28.26,8/13.402 metros; 2.º, Carlos Leitão (SC Banheirense), 1.32.52,2/12.575 m; 3.º, Pedro Pinto (AA Coimbra), 1.35.20,8/12.497 m (9 participantes). 5000 m fem./meia hora: 1.ª Susana Feitor (CN Rio Maior), 22.01,0/6817 metros (recorde nacional absoluto e de juniores); 2.ª, Isilda Gonçalves (CD Montijo), 23.42,5/6310 m; 3.ª, Sofia Avoila (CD Montijo), 24.43,9/6070 m (9 participantes).

3 de Abril, II Grande Prémio de Rio Maior (org.: CMRM, CNRM, RM), 88 participantes de 14 clubes (vários escalões). 20 km masculinos: 1.º, José Urbano (SL Benfica), 1.25.32; 2.º, Bobby O’Leary (Irlanda), 1.27.49; 3.º, Juan Ramilo (Espanha), 1.28.16 (19 participantes). 10 km femininos: 1.ª, Susana Feitor (CN Rio Maior), 43.44 (recorde nacional absoluto e de juniores); 2.ª, Madeleine Svenson (Suécia), 44.19; 3.ª, Isilda Gonçalves (CD Montijo), 46.24 (8 participantes).

8 e 9 de Maio, Søfteland Grand Prix, Bergen, Noruega. 8/5, 50.000 m masculinos: 1.º, Denis Terraz (França), 3.56.18,8; 2.º, José Urbano (Portugal), 3.57.29,5 (recorde nacional); 3.º, Modris Liepins (Letónia), 4.05.20,7; 4.º, José Magalhães (Portugal), 4.12.33,9 (5 participantes). 5000 m juniores femininos: 1.ª Susana Feitor (Portugal), 21.01,8 (recorde europeu de juniores e nacional absoluto e de juniores) (5 participantes). 9/5, 5 km masculinos: 1.º, Nick A’Hern (Austrália), 19.13; 2.º, José Urbano (Portugal), 19.35; 3.º, Vladimir Ostrovvsky (Israel), 19.42 (...) 16.º, José Magalhães (Portugal), 22.50 (24 participantes). 3 km femininos: 1.ª, Sari Essayah (Finlândia), 12.23 (...) 6.ª, Susana Feitor (Portugal), 13.08 (23 participantes).

8 e 9 de Maio, DN Jovem - Final Nacional, Estádio Nacional (org.: FPA). 3000 m sub-16 masculinos: 1.º, Hugo Pimenta (Lisboa), 14.08,09; 2.º, Sérgio Silva (Aveiro), 14.28,95; 3.º, Cláudio Pires (Faro), 15.00,61 (16 participantes). 2000 m sub-16 femininos: 1.ª, Felicidade Rosa (Lisboa), 9.49,0; 2.ª, Maria Salomé Rodrigues (Aveiro), 9.55,6; 3.ª, Sandra Conceição (Setúbal), 9.57,3 (15 participantes). 2000 m sub-14 masculinos: 1.º, Acácio Diogo (Setúbal), 9.37,73 (recorde nacional); 2.º, Sandro Rocha (Lisboa), 10.59,14; 3.º, Duarte Melo (Santarém), 11.01,10 (16 participantes). 1000 m sub-14 femininos: 1.ª, Inês Henriques (Santarém), 4.40,4; 2.ª, Ana Lúcia (Setúbal), 4.46,4; 3.ª, Sílvia Correira (Braga), 4.58,0 (17 participantes).

9 de Maio, VIII Grande Prémio da Reboleira (org.: Junta de Freguesia da Reboleira), 80 participantes de 16 clubes (vários escalões). 10 km masculinos: 1.º, José Pinto (individual), 47.07; 2.º, Carlos Graça (AC Alfenense), 48.34; 3.º, Jorge Esteves (CD Montijo), 49.41 (10 participantes). 5 km femininos absolutos: 1.ª, Isilda Gonçalves (CD Montijo), 22.42; 2.ª, Sofia Avoila (CD Montijo), 24.01, 1.ª juvenil; 3.ª, Isilda Jorge (CN Rio Maior), 24.43 (12 participantes). Classificação colectiva: 1.º, CD Montijo, 28 pontos; 2.º, CN Rio Maior, 21; 3.º, CA Galinheiras, 15.

15 de Maio, VI Grande Prémio de Marcha da Corunha, Espanha. 20 km masculinos: 1.º, Valentín Massana (Espanha), 1.20.50 (...) 23.º, Virgílio Soares (Portugal), 1.38.10 (31 participantes). 10 km femininos: 1.ª, Yelena Nikolayeva (Rússia), 43.11 (...) Isilda Gonçalves (Portugal) e Lígia Gonçalves (Portugal), desclassificadas (17 participantes).

22 e 23 de Maio, Torneio Interassociações de Juvenis, Estádio Nacional (org.: FPA). 22/5, 5000 m masculinos: 1.º, Sérgio Vieira (Santarém), 21.57,2; 2.º, Edgar Santos (Aveiro), 25.05,0; 3.º, Carlos Gonçalves (Faro), 26.27,2 (14 participantes). 23/5, 3000 m femininos: 1.ª, Sofia Avoila (Setúbal), 13.57,8; 2.ª, Isilda Jorge (Santarém), 14.34,0; 3.ª, Sandra Monteiro (Leiria), 15.09,4 (9 participantes).

13 de Junho, 7.º G.P. Cidade de Vila Nova de Gaia / 2.º Urbicoope (org.: CPMA), 115 participantes de 18 clubes (vários escalões). 10 km absolutos masculinos: José Urbano (SL Benfica), 41.59; 2.º Augusto Cardoso (Boavista FC), 42.46; 3.º, José Magalhães (AC Alfenense), 44.28 (15 participantes). 5 km absolutos femininos: 1.ª Susana Feitor (CN Rio Maior), 22.26, 1.ª júnior; 2.ª, Lídia Santos (Boavista FC), 25.26; 3.º, Isilda Jorge (CN Rio Maior), 26.21, 2.ª júnior (8 participantes).

8 e 10 de Julho, Solleftea e Ornskoldsvik, Suécia. 8/7, Solleftea, 3000 m femininos: Susana Feitor (Portugal), desclassificada. 10/7, Ornskoldsvik, 5000 m femininos: 1.ª, Madelein Svenson (Suécia), 21.54,0; 2.ª, Susana Feitor (Portugal), 22.03,0 (8 participantes).

31 de Julho, IV Grande Prémio da Baixa da Banheira, 26 participantes de 4 clubes (vários escalões). 10 km masculinos: 1.º, João Dias (Selsa), 49.28; 2.º, Carlos Leitão (SC Banheirense), 52.08; 3.º, Hélder Couto (Selsa), 56.19 (5 participantes). 10 km femininos: 1.ª, Isilda Gonçalves (CD Montijo), 49.21; 2.ª, Lígia Gonçalves (CD Montijo), 52.45 (2 participantes). Classificação colectiva: 1.º, FC Ferreiras, 68 pontos; 2.º, Selsa, Lda., 64; 3.º, CD Montijo, 57.

5 de Outubro, I Grande Prémio de Setúbal, 90 participantes de 15 clubes (vários escalões). 10 km masculinos absolutos: 1.º, José Urbano (SL Benfica), 44.00; 2.º, José Magalhães (AC Alfenense), 45.39; 3.º, Paulo Revêz (GD Vilamoura), 46.00 (12 participantes). 5 km femininos absolutos: 1.ª, Susana Feitor (CN Rio Maior), 23.30, 1.ª júnior; 2.ª, Isilda Gonçalves (CD Montijo), 24.23; 3.ª, Sofia Avoila (CD Montijo), 25.00, 2.ª júnior (7 participantes). Classificação colectiva: 1.º, FC Ferreiras, 122 pontos; 2.º, CD Montijo, 86; 3.º, Selsa, 66.

30 de Outubro, I Grande Prémio de Alfena (org.: AC Alfenense), 111 participantes. 10 km masculinos absolutos: 1.º, José Urbano (SL Benfica), 42.55; 2.º, Santiago Pérez (Celta de Vigo), 43.37; 3.º, Juan Luis Ramilo (Celta de Vigo), 43.45 (24 participantes). 5 km femininos absolutos: 1.ª, Susana Feitor (CN Rio Maior), 22.59, 1.ª júnior; 2.ª, Sandra Monteiro (ADCR Bairro dos Anjos), 25.49, 2.ª júnior; 3.ª, Fernanda Ferreira (Selsa), 26.37 (7 participantes).

19 de Dezembro, Grande Prémio de Natal (org. AA Lisboa). 7,5 km absolutos masculinos: 1.º, José Pinto (AC Alfenense), 33.35; 2.º, José Magalhães (AC Alfenense), 34.00; 3.º, Sérgio Vieira (CN Rio Maior), 36.00, 1.º júnior (14 participantes). 5 km absolutos femininos: 1.ª, Susana Feitor (CN Rio Maior), 23.34, 1.ª júnior; 2.ª, Isilda Gonçalves (CD Montijo), 24.37; 3.ª, Sofia Avoila (CD Montijo), 25.02, 2.ª júnior (13 participantes). 2,5 km infantis/iniciados, vencedores: infantis, Duarte Melo (CN Rio Maior), 15.01 e Ana Lúcia (CD Montijo), 14.54; iniciados, Luís Bicho (CF «Os Belenenses»), 13.43.

ESTATÍSTICA 1993

Recordes nacionais vigentes no final de 1993

Masculinos
Infantis, 2000 m, Acácio Diogo (CA Baixa da Banheira), 9.37,73 (Lisboa-N, 8/5/1993)
Juvenis, 5000 m pista coberta, Sérgio Vieira (CN Rio Maior), 21.39,16 (Braga, 6/3/1993)
Seniores, 30.000 m, José Urbano (SL Benfica), 2.23.11,0 t.p. (Bergen, Noruega, 8/5/1993)
Seniores, 50.000 m, José Urbano (SL Benfica), 3.57.29,5 (Bergen, Noruega, 8/5/1993)

Femininos
Juniores, 3000 m pista coberta, Susana Feitor (CN Rio Maior), 12.29,98 (Braga, 6/3/1993)
Juniores, 5000 m, Susana Feitor (CN Rio Maior), 21.01,8 (Bergen, Noruega, 8/5/1993)
Juniores, meia hora pista, Susana Feitor (CN Rio Maior), 6817 metros (Lisboa-L, 20/3/1993)
Juniores, 10 km estrada, Susana Feitor (CN Rio Maior), 43.44 (Rio Maior, 3/4/1993)
Seniores, 3000 m pista coberta, Susana Feitor (CN Rio Maior), 12.29,98 (Braga, 6/3/1993)
Seniores, 5000 m, Susana Feitor (CN Rio Maior), 21.01,8 (Bergen, Noruega, 8/5/1993)
Seniores, meia hora pista, Susana Feitor (CN Rio Maior), 6817 metros (Lisboa-L, 20/3/1993)
Seniores, 10 km estrada, Susana Feitor (CN Rio Maior), 43.44 (Rio Maior, 3/4/1993)

sábado, 13 de abril de 2024

Vitórias de Matheus Correa e Gabriela Muniz no Troféu Adhemar Ferreira da Silva - Bragança Paulista 2024

Em Bragança Paulista, vencedores da marcha, Matheus Correa e Gabriela Muniz,
e atletas nos pódios. Fotos: Gustavo Alves/CBAt. Montagem: O Marchador

Num troféu que homenageia o antigo campeão olímpico de triplo salto, Adhemar Ferreira da Silva (Helsínquia-1952 e Melbourne-1956) e que se realizou de 5 a 7/4 na cidade brasileira de Bragança Paulista, no estado de São Paulo, Brasil, os marchadores Matheus Gabriel de Liz Correa e Gabriela de Souza Muniz venceram as provas da disciplina sobre 20.000 metros (50 voltas à pista) que abriram o último dia do evento.

Matheus Correa, da AA Blumenau, que assumiu o comando da prova masculina em definitivo quando da passagem dos 10.000 metros, cumpridos em 40:44,3, viria a abrir considerável vantagem para os seus mais diretos opositores, concluindo em 1.21.28.94 e pleno de regularidade (segunda metade em 40:44,6). Teve como colegas de pódio, Max Batista Gonçalves dos Santos, que registou 1:22.21.16, e Lucas Gomes de Souza Mazzo, com 1.25.53.34, ambos representantes do CASO - Centro de Atletismo de Sobradinho. Iniciaram a prova 11 atletas (2 desistiram e 2 foram desclassificados).

Gabriela Muniz, atleta do CASO - Centro de Atletismo de Sobradinho, recuperada de doença que a afetou no início do ano, venceu com autoridade com 1:38.32.46, a marca possível para já, percorrendo cada metade da prova em 48:39,6 e 49:52,9 respetivamente. As segunda e terceira posições foram para Mayara Luize Vicentainer, do IA Balneário Camboriu/FMEBC, com 1:39.30.69, e Elianay Santana da Silva Pereira Barbosa, do CASO, com 1:42.48.54. Participaram 7 atletas (1 desistente e 1 desclassificada).

Na procura de pontos com vista à qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris, o evento integrou a categoria «E» da World Athletics.

Segue-se agora o Campeonato do Mundo de Seleções de Marcha em Antália, na Turquia, dia 21 de abril, onde a seleção brasileira será composta por 14 atletas (8 masculinos e 6 femininos), competindo em todas as provas do programa deste importante evento internacional.

Fonte: CBAt

Classificações
20.000 m masculinos
1.º, Matheus Gabriel de Liz Correa, 1999 (SC - AABLU), 1.21.28.94
2.º, Max Batista Goncalves dos Santos, 1994 (DF - CASO), 1.22.21.16
3.º, Lucas Gomes de Souza Mazzo, 1994 (DF - CASO), 1.25.53.34
4.º, Paulo Henrique Ribeiro, 2001 (SC - AABLU), 1.28.57.52
5.º, Rudney Dias Nogueira, 1990 (SC - UCA), 1.37.24.51
6.º, Luiz Felipe dos Santos, 1983 (SP - ECPG), 1.43.53.99
7.º, Edyeverson Lucas Pereira, 1999 (SP - ADC São Bernardo), 2.03.26.67
Desistentes: Murilo Coutinho Ribeiro da Silva, 2000 (PR - P M Colombo) e Jairo Vieira, 1978 (SC - UCA).
Desclassificados: Diego Pereira Lima, 1987 (DF - CASO) e Joao Victor Silva Magalhaes, 2004 (DF - CASO).

20.000 m femininos
1.ª, Gabriela de Souza Muniz, 2002 (DF - CASO), 1:38.32.46
2.ª, Mayara Luize Vicentainer, 1991 (SC - IABC / FMEBC), 1:39.30.69
3.ª, Elianay Santana da Silva Pereira Barbosa, 1984 (DF - CASO), 1:42.48.54
4.ª, Thaissa Gabrielle Santos Cunha, 1999 (SP - TIME JUNDIAÍ), 1:53.32.96
5.ª, Laryssa Fernanda Frois, 2000 (PR - Curitiba SMELJ), 2:02.48.16
Desistente: Alanda Martins Santos, 2006 (SP - TIME JUNDIAÍ).
Desclassificada: Leticia Eleutherio Rodrigues, 2006 (SP - TIME JUNDIAÍ).